quarta-feira, 4 de março de 2009

Reflexões Quaresmais (I)

Estamos vivendo novamente o tempo da Quaresma: tempo de penitência, de purificação, de conversão... Não é tarefa fácil, pois o cristianismo não é um caminho cômodo: não basta estar na Igreja e deixar que os anos passem. Na nossa vida, na vida dos cristãos, a primeira conversão - esse momento único, que cada um de nós recorda, e em que se percebe claramente tudo o que o Senhor nos pede - é importante; mas ainda mais importantes, e mais difíceis, são as sucessivas conversões. E para facilitar o trabalho da graça divina com estas conversões sucessivas, é preciso conservar a alma jovem, invocar o Senhor, saber escutar, descobrir o que vai mal, pedir perdão... e há melhor maneira de começarmos a Quaresma? Renovarmos a fé, a esperança, a caridade. Esta é a fonte do espírito de penitência, do desejo de purificação.

Entretanto, esse tempo não é apenas uma ocasião de intensificarmos as nossas práticas externas de mortificação; se pensássemos que é apenas isso, escapar-nos-ia o sentido mais profundo na vida cristã, porque esses atos externos são fruto da fé, da esperança e do amor. Não podemos considerar a Quaresma como uma época a mais, como uma simples repetição cíclica do tempo litúrgico. Este momento é único; e uma ajuda divina que temos que aproveitar. Jesus passa ao nosso lado e espera de nós – hoje, agora - uma grande mudança.

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