sábado, 28 de março de 2009

Considerações maternas e marianas

Tenho meditado em como contrasta a esperança de Maria com a nossa impaciência! Com freqüência reclamamos de Deus que nos pague imediatamente o pouco bem que praticamos... Mal aflora a primeira dificuldade, queixamo-nos... rs Somos muitas vezes incapazes de perseverar no esforço, de manter a esperança! Porque nos falta fé. "Bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que te foram ditas da parte do Senhor".

Maria é mestra de caridade. Hoje, pensava no momento da apresentação de Jesus no templo. "O ancião Simeão asseverou a Maria, sua Mãe: Eis que este Menino está posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos de muitos corações". Vejo como a imensa caridade de Maria pela humanidade faz com que também n'Ela se cumpra a afirmação de Cristo: "Ninguém tem maior amor que aquele que dá a vida pelos seus amigos"

Os filhos, especialmente quando ainda são pequenos, tendem a interrogar-se sobre o que os pais farão por eles, esquecendo, porém, as suas obrigações de piedade filial. Geralmente, nós, os filhos, somos muito interesseiros, embora essa conduta não pareça ter muita importância para as mães, porque têm suficiente amor no coração e amam com o melhor carinho: aquele que se dá sem esperar correspondência... O mesmo se passa com Maria. Hão de doer-nos, se as encontrarmos, as nossas faltas de delicadeza para com esta Mãe tão amável. Eu pergunto, e me pergunto: como é que a honramos?

Voltemos, por um instante, nosso olhar para a experiência de cada dia, ao relacionamento com as nossas mães da terra. Acima de tudo, o que é que elas desejam para os seus filhos, que são carne da sua carne e sangue do seu sangue? O seu maior sonho é tê-los perto de si. Quando os filhos crescem e não é possível continuarem a seu lado, esperam com impaciência as suas notícias, emociona-as tudo o que se passa com eles: desde uma ligeira doença até os eventos mais importantes...

Sob o olhar de nossa mãe Maria, jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho para o Reino dos Céus, que será dado aos que se fazem crianças. Dela não devemos separar-nos nunca! Como a honraremos? Procurando estar com Ela, falando-lhe, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no coração as cenas da sua vida na terra, contando-lhe as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos...

Diante disso que coloco, tenho refletido quanto a minha disposição interior... Sobre até que ponto tenho mantido imutável e firme a minha opção pela Vida... Coloco para você, querido leitor: Quando ouve essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade, você tem respondido livremente que sim? Pensemos em Jesus, quando falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina. Não pretende impor-se. Se queres ser perfeito..., diz Ele ao jovem rico. Aquele rapaz rejeitou a insinuação, e conta-nos o Evangelho que se retirou entristecido. Ele perdeu a alegria porque se negou a entregar a sua liberdade a Deus. Consideremos agora o momento sublime em que o Arcanjo São Gabriel anuncia a Santa Maria o desígnio do Altíssimo. A nossa Mãe escuta, e a seguir pergunta, para compreender melhor o que o Senhor lhe pede; depois vem a resposta firme: "faça-se em mim segundo a tua palavra!". Esse é o fruto da verdadeira liberdade: a de decidir-se por Deus...

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