quarta-feira, 8 de julho de 2009

Aprender a fazer o bem

Em nossa lida diária (em casa, no trabalho, na escola, etc), convivemos com tantas pessoas e, muitas vezes, não percebemos qual é a missão que Deus nos confia... Outro dia, conversando com um amigo, ele me dizia brincando: "eu quero mudar o mundo". Mas como mudar o mundo se não mudamos nem o nosso mundinho, se não transformamos nem o que está ao nosso redor? Vivemos num mundo onde já não se conhece o vizinho, não se sorri sem interesse, nem se leva "desaforo para casa", muito menos se usa pedir perdão... Compreender e amar o próximo não são atitudes triviais se não há um desejo firme de coração nesse sentido. E se não busco viver o amor, em que me pareço com Cristo? Já dizia um santo de nossos tempos: "Quando estiveres com uma pessoa, tens de ver uma alma: uma alma que é preciso ajudar, que é preciso compreender, com quem é preciso conviver e que é preciso salvar".

A caridade com o próximo é uma manifestação de amor a Deus. Por isso, não podemos estabelecer limite algum ao nosso esforço por melhorar nessa virtude. Com o Senhor, a única medida é amar sem medida. Por um lado, porque nunca chegaremos a agradecer bastante o que Ele fez por nós; por outro, porque o próprio amor de Deus pelas suas criaturas se revela assim: com excesso, sem cálculo, sem fronteiras...

A misericórdia não se detém numa estrita atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a superabundância da caridade, que por sua vez arrasta consigo a superabundância da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e divinamente impregnado de um amor firme, sacrificado, generoso.

Assim é o Cristo. Assim devemos ser, imagem e semelhança.