segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sobre alegrias e tristezas...



"Sabemos que fomos chamados a uma vida superior. Podemos nos afundar no mundo material, no consumismo, na tecnologia avançada do mundo em que vivemos, no conforto e bem-estar de casa ou até no prazer diante da TV ou do computador. Mas sempre é preciso olhar mais fundo dentro de nós mesmos. Criados à imagem e semelhança de Deus seremos sempre atormentados por essa sede ardente do Infinito.

Fomos feitos para viver sob o sol da alegria e do Amor, nunca no tédio e na monotonia. A vida não é como uma cebola que se descasca chorando, ela tem suas alegrias mais íntimas e profundas, mesmo quando o sofrimento vem nos levar a pensar diversamente. A tristeza é sempre o caruncho da felicidade. Se a um quadro não se dá movimento e colorido, ele se torna inexpressivo. Também a vida torna-se “chata” se não a valorizamos com as cores do Amor, da Alegria, do Abandono e Confiança total em Deus.

De Teresinha diziam as irmãs do Carmelo “ela está sempre alegre e contente”. Mesmo nos momentos de trevas “em noites de fé e dor física” ela sorria, sorria sempre porque o seu sorriso brotava do contato com Deus.

Quando o coração está contente e confiante não se pensa mais na cebola que se descasca chorando. Feliz aquele que tem o dom de ver o lado luminoso de todas as coisas. Vivamos como Santa Teresinha: “Apesar da minha extrema pequenez, ouso fitar o sol Divino, o sol do Amor e meu coração sente nele todas as aspirações da águia.”"
Maria Emilce Fialho (1930-2011)
(Trecho do texto publicado no Jornal Pequena Via, Ed. Jun/Jul 2011)

Um comentário:

  1. Obrigada, Robson, por nos lembrar deste texto e por tão bela foto de nossa querida Emilce. Sua convivência conosco foi um presente de Deus para nós...a saudade já é grande! Amparados pela lembrança alegre e dinâmica de Emilce, possamos prosseguir enxergando sempre as coisas boas da vida em nosso caminhar rumo ao Pai.

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