terça-feira, 18 de agosto de 2009

luz e sombras...

Outro dia, li um texto de um santo que me chamou muito a atenção. Dizia ele: "Se fores fiel, poderás chamar-te vencedor. Na tua vida, mesmo que percas alguns combates, não conhecerás derrotas. Não existem fracassos quando se atua com intenção reta e com ânsia de cumprir a vontade de Deus. Então, com êxito ou sem êxito, triunfarás sempre, porque terás feito teu trabalho com Amor."

Somos criaturas e estamos cheios de defeitos. Eu diria até que os teremos sempre; são as sombras que fazem ressaltar mais em nossa alma a graça de Deus e as nossas tentativas de corresponder ao favor divino. E esse claro-escuro nos torna humanos, humildes, compreensivos, generosos...

Não nos enganemos: se em nossa vida contamos com o nosso brio e com vitórias, devemos contar também com fraquezas e derrotas. Essa foi sempre a peregrinação terrena dos cristãos, mesmo dos que veneramos hoje nos altares... A título de lembraça, poderíamos citar o apóstolo Pedro, ou Agostinho, ou Francisco, Teresa de Ávila ou nossa querida Teresa de Lisieux... Nunca me agradaram determinadas biografias de santos que, com toda a ingenuidade, mas também com falta de doutrina, nos apresentavam as façanhas desses homens e mulheres como se tivessem sido confirmados na Graça desde o seio materno, como se tivessem nascidos santos... Não! As verdadeiras biografias dos santos são como as nossas vidas: lutavam e ganhavam, lutavam e perdiam. E então, contritos, voltavam à luta...

Não nos estranhe sermos derrotados com relativa freqüência, geralmente ou até sempre em matérias de pouca importância, que nos ferem como se tivessem muita. Se há amor a Deus, se há humildade, se há perseverança e tenacidade em nossas vidas, essas derrotas não terão excessiva importância, porque chegarão as vitórias, que serão glória aos olhos de Deus. Não existem fracassos quando nos portamos com intenção reta e com o propósito de cumprir a vontade de Deus, contando sempre com a Sua graça e o nosso nada.

"Águia não sou, meu Senhor, dela trago, tão somente, o olhar... e também, no coração, a aspiração do seu voar, voar... "

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